segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Batmóvel 1966 - Corgi vs Mattel (escala 1:43)



Resolvi escrever este artigo comparando dois Batmóveis de 1966 (da nostálgica série da TV): o famosíssimo Batmóvel 267 fabricado pela Corgi Toys e o Batmóvel versão Elite lançado pela Mattel em 2010.

Vamos aos concorrentes:


Corgi Toys

A Corgi Toys (marca comercial) é o nome de um conjunto de veículos die-cast produzidos pela Mettoy Playcraft Ltd no Reino Unido. A empresa foi fundada em 1933 pelos alemães Philip Ullmann e Arthur Katz em Northampton, Inglaterra. Eles decidiram comercializar uma variedade de veículos de brinquedo para concorrer com a Dinky Meccano Toys Model, que já dominava o mercado britânico por muitos anos. A marca Corgi Toys foi introduzida no Reino Unido em julho de 1956.


O batmóvel 267 foi produzido de 1966 até 1983, tendo havido várias versões ao longo dos anos: com e sem lança-mísseis, com e sem engate para a bat-lancha, com Batman e Robin ou só o Batman, vidros azuis e vidros transparentes, pneus de borracha e pneus de plástico, pneus pretos e pneus vermelhos, etc.



Mattel

A Mattel Inc. nasceu em uma garagem na Califórnia, em 1945, e foi criada a partir do espírito empreendedor de Ruth Handler e seu marido Elliot, assim como do amigo do casal Harold Matson. Até o início da década 80 produziam consoles de vídeo game. Seus principais produtos atualmente são: carrinhos Hot Wheels & Matchbox, bonecas Barbie & Polly, bonecos Max Steel, jogos de tabuleiro.





Em 2010 a Mattel lançou o Batmóvel 1966 na escala 1:43 numa edição limitada a 10.000 unidades. Ela já havia lançado nas escalas 1:64 (na mainline da Hot Wheels), 1:50 (numa série de veículos do Batman) e 1:18 (em versões Standard, Elite e Super Elite - que definem o nível de detalhamento).



O Batmóvel


A história deste Batmóvel começou em 1955, com o surgimento do Lincoln Futura. Este veículo, um Dream Car (ou "Carro dos Sonhos" como eram chamados os Concept Cars da época), era uma ideia de Bill Schmidt (estilista-chefe da Lincoln-Mercury entre 1945/55) e foi feito na Itália pelos estúdios Ghia. O design do interior foi creditado a Stan E. Thorwaldsen, enquanto o teto de plexiglass (tipo de acrílico) era de autoria de Ron A. Perry.



O chassi empregado era semelhante aos dos Lincoln Mark II de série. O motor V8, acoplado a um câmbio automático Turbo Drive, tinha carburação quádrupla, 368 polegadas e desenvolvia 330 cv. O Lincoln Futura fez sua primeira aparição em público no dia 8 de janeiro de 1955, quando foi exposto no stand da Ford montado no Chicago Auto Show.  Assim, nos anos seguintes, o carro que custou US$ 250 mil, foi à estrela de diversos salões, além de servir de inspiração para os modelos de passeio da Lincoln feitos até 1957. Diversas miniaturas do Lincoln Futura foram lançadas e em 1959 o carro estrelou um filme de cinema, “It Started With a Kiss”, produção da  Metro Goldwyn-Mayer protagonizada por Debbie Reynolds e Glenn Ford. Como curiosidade vale destacar que, como a pintura branca perolizada não fotografava bem, o veículo teve de ser pintado de vermelho para participar das filmagens. 



Quando se tornou obsoleto, o Lincoln Futura foi vendido a George Barris, um customizador de Dream Cars. Segundo a lenda, ele teria pago apenas um dólar pelo carro e, como não tinha um local coberto para guardá-lo, acabou deixando-o no pátio aberto de sua empresa. Esquecido, o veículo, tomando sol e chuva por vários anos, acabou se deteriorando. Aparentemente o Lincoln Futura iria acabar seus dias em um depósito de sucata, mas uma incrível reviravolta estava por ocorrer nessa história.
 


Em 1966 Barris recebeu uma encomenda importante da 20th Century Fox: construir o carro de uma nova série de televisão, Batman, que seria estrelada por Adam West e Burt Ward. Assim, ele contratou Dean Jeffries, outro customizador, o qual foi incumbido de realizar o serviço, tendo como base um Cadillac 1959. Tudo corria bem até que a Fox diminuiu o prazo de entrega para três semanas. Jeffries, considerando a atitude absurda, deixou o projeto e Barris teve de encontrar outra solução para honrar a encomenda. Como o prazo era curto, Barris lembrou-se do combalido Lincoln Futura. Ele fez então um desenho do Dream Car, aplicando no mesmo a maior parte das modificações que realizaria e, no dia seguinte, chamou o pessoal da Fox e apresentou seus “scretchs”. As linhas do Batmóvel agradaram em cheio e a proposta foi aprovada. Logo em seguida o customizador contratou Bill Cushenberry, que fez todas as mudanças necessárias na carroceria do Lincoln Futura. O para-choque do Lincoln, antes cromado, foi pintado de preto. A grade recebeu uma divisão no meio, em forma de “V” e o capô ganhou duas entradas de ar. O efeito visual lembrava o focinho de um morcego, sensação intensificada pelo fato dos faróis ficarem quase escondidos, tal como os olhos do mamífero voador. O Lincoln Futura não tinha teto, mas sim a já citada capota feita de plexiglass, a qual se encaixava no para-brisa e na vigia traseira, ambos de bolha dupla. Barris retirou a parte central e, entre as bolhas, instalou uma espécie de barra, na qual foi fixada uma sirene e duas antenas. No interior do veículo foram montados diversos equipamentos fictícios de combate ao crime, como o monitor da batcâmera, o batfone e o batscópio. Além disso, os batbancos  tinham cintos de segurança e eram ejetáveis. Na lateral, as caixas de rodas, antes com corte reto, passaram a ser circulares. Os rabos de peixe, que nasciam nas entradas de ar localizadas nos para-lamas traseiros, foram fechados através de prolongamentos de chapa, os quais se projetavam das portas. Com isso chegou-se a um efeito estético muito semelhante as asas de um morcego. Atrás, Barris adaptou a saída das famosas “turbinas atômicas” e dois paraquedas, utilizados pela dupla dinâmica quando se fazia necessário desacelerar o carro com maior velocidade. Ainda na traseira, o customizador instalou três longos tubos que, também na fantasia do seriado, eram os lançadores dos batmísseis. O motor original foi substituído por um Ford V8 de 390 polegadas e a carroceria pintada de preto brilhante com filetes vermelhos. Além disso, Barris aplicou em cada uma das portas o morcego símbolo da série. As rodas de chapa originais, com supercalotas, deram lugar a um jogo Rader de liga leve, naturalmente equipadas com batcalotas. O carro ficou pronto a tempo e, em 12 de janeiro de 1966, com a estreia da série de TV, tornou-se mundialmente conhecido. Durante os 120 episódios foi uma constante nas escaramuças de Batman e Robin, a dupla dinâmica, contra bandidos como Coringa, Charada, Rei Tuth e Cabeça de Ovo, entre outros.


Ao longo da série, outras réplicas foram feitas sobre o chassis do Ford Galaxie e o original permaneceu com Barris até 19/01/2013, quando o carro foi arrematado na Barrett Jackson por nada menos que US$ 4,62 milhões!


Vamos às comparações!

Para efeito apenas de comparação, nas primeiras fotos também há o batmóvel da promoção da Shell, que também possui uma escala aproximada de 1:43.

Frente: os 3 são bem parecidos.
 
Laterais.


Superior: o da Shell é o mais curto. No da Corgi o cockpit fica mais pra frente.

Frente: o Corgi tem uma serra na frente. A grade frontal é mais suave no da Mattel.

Traseira: dá pra comparar as turbinas, paraquedas e tubos lançadores de bat-mísseis.

Laterais: dá pra ver que na versão da Corgi o capô e o cockpit são menores.

Superior: além de o capô ser menor, os vidros do cockpit também são diferentes na versão da Corgi, que contém as miniaturas do Batman e Robin, e o da Mattel, não.

Superior: dá pra ver que o Mattel é maior que o Corgi, tanto no comprimento, tamanho do cockpit e capô. E o tamanho dos tubos lançadores gigantes da Corgi.

Eixos: dá pra ver que os eixos estão posicionados de maneiras diferentes nas versões.


Conclusão:

O batmóvel da Corgi é mais um brinquedão (com batmísseis, batserra na frente, etc), mas não deixa de ser muito legal! Já o da Mattel é o mais realista, mas não tem as figuras do Batman e Robin, e nem dá pra “brincar”.

Para que quiser ver todas as modificações que o modelo da Corgi sofreu durante os anos, clique no link http://www.batmobile.free.fr/Video/5.swf para ver uma animação muito bem feita!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Batman: Ano Um (Brinquedos)



Continuando nossos artigos sobre "Batman: Ano Um", veremos agora sobre colecionáveis:


Foi lançada uma versão do Blu-Ray (exclusiva da loja Best Buy nos EUA) com uma miniatura da Mulher Gato, compatível com o tamanho dos DC Universe Infinite Heroes (3,75"). Obs: a miniatura tem o visual da personagem no curta da presente no Blu-Ray, e não com o visual dela no desenho do Batman: Ano Um.

 

 A DC Direct lançou uma estátua (maquette) do Batman baseada no desenho.



Porém prefiro a estátua lançada na série "Batman Black & White" (também da DC Direct), baseada no traço do David Mazzucchelli dos quadrinhos do Batman Ano Um.

 


Para ver mais sobre Batman Ano Um, visite os links abaixo:




Batman: Ano Um (Desenho)



O DVD com o desenho foi lançado quase simultaneamente nos EUA e aqui no Brasil. Tem 64 min de duração. O DVD brasileiro - assim como no americano - vem com um curta (15 min) da Mulher Gato (conhecido como DC Showcase). As principais vozes (no original) são: Bruce Wayne / Batman - Ben McKenzie (do Seriado O.C.), Jim Gordon - Bryan Cranston (dos seriados Malcolm e Breaking Bad), Selina Kyle / Mulher Gato - Eliza Dushku (dos seriados Buffy e Dollhouse). 


Opinião: Algumas coisas foram alteradas dos quadrinhos para o desenho, como a diminuição da violência (ainda tem, mas foi reduzida), por exemplo: nos quadrinhos, quando o Batman faz uma "visita" ao bandido Skeevers, ele está cheirando uma "carreira". No desenho, ele está contando dinheiro. Ou quando o Bruce Wayne é baleado pela polícia, nos quadrinhos ele é levado pelos policiais num furgão. No desenho é uma viatura. Quando o Gordon vai questionar o Harvey Dent se ele é o Batman, nos quadrinhos o Batman está escondido embaixo da mesa. No desenho está do lado de fora da janela. E etc. Os traços foram atenuados, ficando bem diferentes dos desenhos do David Mazzucchelli. Mas nem por isso o desenho é ruim. Muito pelo contrário, achei um dos melhores que a DC já lançou.

Para ver mais sobre Batman Ano Um, visite os links abaixo:

Batman: Ano Um (Quadrinhos)




Após a maxi-série "Crise nas Infinitas Terras" (12 edições), a DC Comics "zerou" sua cronologia e atualizou as origens de alguns de seus mais famosos personagens. O Super-Homem foi entregue a John Byrne, a Mulher-Maravilha ficou nas mãos de George Pérez e a responsabilidade pela atualização do Batman ficou a cargo de Frank Miller. Ele escreveu a mini-série "Batman: Ano Um", dando à origem do Cavaleiro das Trevas um tom mais sombrio e incluiu alguns elementos na mitologia do personagem: além de presenciar o assassinato dos seus pais no Beco do Crime, ele também é inspirado por um acontecimento que ocorreu antes da morte dos seus pais, quando caiu em um buraco nos jardins da Mansão Wayne e se assustou com centenas de morcegos que voaram assustados com sua presença (passagem incluída no filme "Batman Begins"). Quando adulto, volta para Gotham, mas ainda "falta algo". Numa tentativa de "conhecer o inimigo", se disfarça e vai pra rua fazer um reconhecimento, porém é esfaqueado pelos bandidos e baleado pela polícia. Quando foge e volta para a mansão, pede um sinal para o pai, pois não aguenta mais esperar, então um morcego atravessa a janela da mansão e pousa sobre o busto de seu pai. Nesse momento, ele entende que deve se tornar um morcego. Roteiro: Frank Miller, Arte: David Mazzucchelli, Cores: Richmond Lewis

Essa história já foi publicada algumas vezes no Brasil, tanto em formatinho quando no formato americano, capa cartonada e capa dura, Editora Abril e Panini Comics.


 
#404 a #407 – fevereiro a maio de 1987, nos EUA.


 
Revista Batman (formatinho) da Editora Abril #1 a #4 (1987).

Encadernados da Editora Abril (1989 e 2002). 
 
 

Encadernados da Panini Comics: Grandes Clássicos DC Vol. 1 (2005) e Capa Dura (2011).


Opinião: Gosto muito dessa história. Na verdade, é minha 2ª preferida (a 1ª é o Cavaleiro das Trevas). Os desenhos estão bons, sem exageros anatômicos. A história/narrativa também estão coesas (sem apelar pra "solução Batman" - onde ele resolve tudo/sabe tudo, porque é o Batman).



Para ver mais sobre Batman Ano Um, visite os links abaixo: